sábado, 8 de setembro de 2007

e Pedro gritou: Independência e parcelamento em 36x, por favor

A primeira Independência do Brasil foi em 1822, certo? Pedro tava com uma diarréia tão grande que empesteou o riozinho onde fazia a seção descarrego. Empesteou tanto que até coloriu o riozinho que ficou conhecido como Ipiranga (em tupi antigo: ´Ypyranga – rio vermelho). Bonifácio, o tutor do Pedrão, pesou muito pra ele ficar no Brasil e proclamar a independência. Pedrão, que assim se tornaria Imperador, foi lá e gritou. Só que os perós não eram tão amigáveis e ainda por cima estavam devendo uma puta grana pros inglesinhos, então disseram mais ou menos assim: Tudo bem negada, mas vão ter que pagar se não vamos meter bala!
O cenário estava assim: A Revolução Industrial estava pra bombar na Inglaterra, Portugal tava devendo uma puta grana pra eles e o Brasil não tinha grana pra independência e muito menos “big cojones” pra enfrentar os perós. Então, os inglesinhos super bonzinhos emprestaram o ouro (que provavelmente era de origem brasileira) pro Brasil. Pagamos os perós e eles, pagaram os ingleses. Assim o ouro voltou pra Inglaterra e nós ficamos com uma puta dívida. Mais adiante, pros inglesinhos poderem vender maquinário e tecnologia pra nós, era preciso acabar com a escravidão para se formar uma classe trabalhadora e conseqüentemente consumidora, e assim a princesinha deles aqui fez.

Quem não pagou porra nenhuma pra ficar independente foram nossos colegas americanos do norte. Tiveram bolas pra encarar inglês de bosta e hoje são a maior potência mundial.
Há pouco tempo ocorreu outra independência. O chefe lá, todo orgulhoso se gaba porque quitou a dívida com o FMI. Sim, pagamos de novo. Talvez o presidente devesse estudar um pouco mais de história pra verificar que bolas grandes trazem mais benefícios pra uma nação do que pagamento de dívidas covardes. Há outros exemplos, nossos vizinhos argentinos não pagaram de imediato e crescem mais do que nós.

Pra terminar, quero deixar registrado meu sentimento de ódio e nojo de político coronel fazendeiro descendente de bandeirante escravizador assassino de índio; e de esperança, porque queria algum dia, ter orgulho dessa amada pátria.

Black Tulip

Acordei no meio da noite, por causa de um sonho
abri a janela e o azul ainda dormia,
acompanhado por estrelas quietinhas

lá fui eu para o jardim, sentar perto do chafariz,
fechei os olhos, imaginando em que canto de mundo você estaria
lembrando dos versos da última mensagem e das suas histórias

vou te escrever e contar sobre o sonho que eu tive
que começou exatamente neste jardim,
mas no lugar do meu chafariz, havia dezenas de tulipas negras

e tal como agora, eu sentava aqui e imaginava,
em que canto de mundo você estaria
e as histórias que você teria para me contar,

a minha carta vai lhe dizer que, no meu sonho,
eu fechava os olhos e me perguntava por você
entre dezenas de tulipas negras como veludo real
e quando despertava, você pairava entre a lua e eu.


Danielle Chinaski

sexta-feira, 7 de setembro de 2007

Víctima Serial






Rabia.
Eso es lo único que siento.
Una rabia sin límites.
Como un hierro caliente en el centro de mi corazón.
Pero ya van a ver non se van a olvidar de mi rabia jamás.
Está todo listo.
Los voy a hacer puré.
De nada vale prevenirse, no hay lugar a donde ir.
Yo voy a estar en todos lados.
Necesito sangre.
Mucha sangre.
La sangre me va a hacer olvidar para siempre la sombra
permanente que siento sobre mi.
Todavía hay mucho por hacer.
Ya fueron dos de las víctimas y hay más.
Ahora viene lo mejor.










(Texto e fotografia* extraídos do vídeo "Víctima Serial", de
Jorge Macchi**)



*Fotografia de Néfer Kroll
** Jorge Macchi é argentino e é um dos artistas
com exposição monográfica durante a 6ª Bienal do Mercosul - Porto Alegre -
Brasil)