sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

Feng shui


E antes de terminar o ano inauguramos um novo layout para o QueLegalZine. Inaugurar algo no final do ano... por que não fazer o debut da nova cara do zine no início de 2010? Porque somos do contra, porque esse papo de enrolar o mês de dezembro para só mostrar serviço em janeiro, como começar regime às segundas-feiras, não é com a gente. Adotamos nesse espaço o slogan da Cartoon Network: A gente faz o que quer.

O layout do QueLegalZine já estava em processo de mudança há algum tempo. No decorrer do ano ficou claro para todos que colaboram com o zine que já estava na hora de trocar o visual da sala, aplicar o feng shui por aqui, pois o canto do amor e do dinheiro não estavam sendo devidamente valorizados. Okay, estou de brinks. Não faço idéia onde poderia ficar o canto do amor e do dinheiro nesse blog (hummm... talvez nos textos da Paula e nos do Odin respectivamente).

Mas ficou aconchegante, non?
E o fato de ter um Elvis dourado e um São Jorge no topo da página já deixa explícito que a casa tem bom gosto. Então puxe uma cadeira, pegue um biscoitinho, tome um café e espere por absurdos gerais/globais/universais.

Que legal!

segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

Por quê?

Ei.
Por que eu tive de te conhecer?
Por que eu tenho de te amar?
Por que, quando eu te amar, eu tenho de sofrer?
Por que eu tenho de te querer?
Por que nós sonhamos juntos,
e criamos nossos reflexos no outro,
pensando que nós éramos espelhos,
imagens de um ego ainda rouco?

Por que quando nos amamos
não criamos um teatro de cômicos,
de sátiros atores da noite,
damos cores aos nossos paraísos,
esquecemos do asfalto e do preciso,
vivemos na areia dos doces contos?

Por que você trouxe suas bonecas quebradas,
e não jogou os cacos de louça fora?
E assim, com caco por caco,
foi cortando nossos laços,
sangrando o sentimento embora?

Por que esse meu batom colorado,
me lembra de você tão loucamente?
Por que eu te gosto assim, tão imperfeito,
tão mentalmente intruso, tão roubado e tão ladrão,
tão rabiscado no meu rubro tom?

E você caligrafou no meu corpo
eu te disse que foi pouco a pouco
escrevemos um poema de loucos
um amor de caboclos
um delírio de poeta
o idílio dos profetas
o clichê delícia e banal
mas você foi vírgula, e eu, ponto final.