meu rosto ganhou uma ruguinha nova
na curva onde o sorriso se acentua
é o tempo construindo seus sinais
pelo medo de ser esquecido
e ao lembrar da passagem do tempo
sirvo um café e lembro dos dias áureos
em que eu sonhava ser, para sempre,
uma heroína dos quadrinhos
dentre as maravilhas que já consegui fazer
voar, feito pássaro, continuou a ser sonho
mas o tempo olha pela janela e me promete
“Daremos um jeito”.
Dani.Chinaski
quinta-feira, 20 de agosto de 2009
terça-feira, 18 de agosto de 2009
A Noite.

Te vi no molhado da noite,
No negro da noite,
No escuro da noite.
Você estava no fim da rua, olhando-me de longe, as mãos tão distantes, os olhos chorando.
Na rua fria, a chuva caía calada. E eu sabia. Você ao longe, você chorando, sem derrubar uma só lágrima, mas caindo aos prantos.
Olhamo-nos juntos, juntando retalhos de nossas sombras, jogando sorrisos profundos, tentando entender o mundo.
Sua lágrima escorreu em um segundo, e eu corri em sua direção, com toda e sem nenhuma pressa, eu corria pisando nas poças, sujando sapatos e quebrando saltos, eu corri com os sonhos mais altos, eu corri para cair nos seus braços.
E em um nada construímos o tudo, porque agora o infinito importava.
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