quinta-feira, 30 de agosto de 2007

uma nova experiência de steven soderbergh.


três pessoas que trabalham numa fábrica de bonecas passam e perdem os dias entre seus lares decadentes e lábios de borracha.


tem que ter cuidado em recomendar bubble.
não é um filme que agrade qualquer um. é um filme parado, se parece demais com a realidade e os poucos diálogos que possui, são pueris.
eu porém, tenho alguma paixão por elementos banais, por personagens monossilábicos e expressivos.
como kyle, o belo e entediado kyle, o rapaz de vinte e pouco anos que vê a vida passar na sua frente divido entre os dois empregos banais e sua amizade cotidiana com martha.
martha e os olhos azuis, cuja a rotina suga suas expectativas, e vai sobrevivendo trabalhando, dando carona a kyle e cuidando do pai doente.
martha e kyle pareciam estagnados (estariam?) até a chegada de rose, a mãe solteira e falante, que expressa desprezo com a pouca experiência de vida, e ao longo do filme se mostra interesseira e aproveitadora.
e o silêncio que faria muitos se contorcerem na cadeira, me faz prender a respiração e quase sentir as investidas de rose, a inveja de martha e a apatia de kyle.


bubble tem uma história simples e previsível.
talvez por isso eu não deva falar muito sobre ele ou os personagens.
apenas assista, mas não espere mudar sua vida.

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