quarta-feira, 28 de novembro de 2007

Nicholas era...


mais velho que o pecado e sua barba não podia ficar mais branca. Ele queria morrer.


Os anões nativos das cavernas do Ártico não falavam sua língua, mas chilreavam na deles e realizavam rituais incompreensíveis quando não estavam trabalhando nas fábricas.


Uma vez por ano, forçavam-no, aos prantos e sob protestos, pela Noite Sem Fim. Durante a jornada, permaneceria ao lado de cada criança do mundo, deixando um dos presentes invisíveis dos anões ao pé da cama.


As crianças dormiam, congeladas no tempo.


Ele invejava Prometeu e Loki, Sísifo e Judas. Seu castigo era mais sombrio.


Ho.
Ho.
Ho.


Nail Gaiman

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