a viagem à europa não foi apenas um desejo,
mas a imperativa vontade de uma mente curiosa
e a ânsia por uma nova e mais rarefeita atmosfera
por isso, ao chegar à cidade antiga,
respirei profundamente,
reinventando-me com nova cultura e novos hábitos
como se eu tivesse estado ali desde sempre.
e assim dias e noites de descobertas foram passando
e aos poucos, fui esquecendo do exato caminho de volta,
tornando-me parte dos jardins, das fontes e dos cafés
até que uma balada boba, numa tarde ordinária, me fez lembrar
da imperativa vontade, da ânsia
por uma nova e mais rarefeita atmosfera
e agora que a encontrara,
não respirava da mesma maneira
e a mudança que me fez viajar tão longe,
tornou-se a razão da minha angústia
a luz ainda brilhava naquela tarde,
mas começava a brilhar de maneira triste
e foi isso que me fez sair de casa
e procurar pela motivação de estar ali
foi quando eu o encontrei, cercado de gente, numa rua estreita,
dançando sob o aplauso dos anônimos, brilhando sob uma luz pálida
o prazer formando labaredas naquele rosto jovem e sorridente.
e por um momento, aqueles olhos em ebulição
me enxergaram, piscaram pra mim,
com um sorriso oblíquo que inexplicavelmente reconheci
e percebi que todos os encontros
se tornavam estranhamente possíveis
quando histórias fantásticas
brotavam num campo fértil de estrelas.
segunda-feira, 13 de agosto de 2007
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