Está claro e morno. Apesar das lajotas alvas e da escuridão que nos cerca por todos os lados, tudo parece confortavelmente iluminado e aquecido. Meus semelhantes brincam descontraídos, saltitando pelas grandes placas brancas, despreocupados com o abismo negro sobre o qual elas flutuam. Música e risos preenchem o ar. Estávamos felizes.
Estávamos.
Frio. Tremor. Sou eu ou o chão? Não há chão. Também não há calor, luz, música ou semelhantes. Somente eu, o abismo e a figura escarlate que se eleva. Não posso ver seus olhos, mas sinto-os perfurando minha alma com a acusação: "Ele está morto, e você é o responsável.”
O gosto e cheiro característico entorpecem meus sentidos. Angustia. As milhares de agulhas invisíveis penetrando meu corpo marcam o reinício do ciclo.
A maioria passa pela experiência uma única vez. Eu não tenho tanta sorte.
Estávamos.
Frio. Tremor. Sou eu ou o chão? Não há chão. Também não há calor, luz, música ou semelhantes. Somente eu, o abismo e a figura escarlate que se eleva. Não posso ver seus olhos, mas sinto-os perfurando minha alma com a acusação: "Ele está morto, e você é o responsável.”
O gosto e cheiro característico entorpecem meus sentidos. Angustia. As milhares de agulhas invisíveis penetrando meu corpo marcam o reinício do ciclo.
A maioria passa pela experiência uma única vez. Eu não tenho tanta sorte.
Nota: Texto baseado em experiências reais do autor
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