domingo, 22 de julho de 2007

“Triste”


(J. G. de Araújo Jorge)


Eu hoje acordei triste.

Há certos dias

Em que sinto esta mesma sensação.

E não sei explicar qual a razão

Porque as mãos com que escrevo estão frias.

E pergunto a mim mesmo: “Tu não rias inda ontem tão feliz?

Diz-me, então, por que sentes pulsar teu coração

Destoando das humanas alegrias?”

E nem eu mesmo sei dizer

Porque estou triste.

Quem me olha não calcula, com certeza,

O imenso caos que no meu peito existe.

A tristeza que eu sinto ninguém vê.

É a maior das tristezas

É a tristeza que a gente sente sem saber por quê.

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