quinta-feira, 7 de junho de 2007

PARIS IS THE CENTER OF THE WORLD



Paris é o centro do mundo.
E eu não estou falando da Cidade Luz. Meu negócio aqui é com a Srta. Paris Whitney Hilton, filha de um hoteleiro ricaço, tentativa de atriz, modelo e cantora, supercelebridade, criadora profissional de escândalos e milionária. E agora, na lista de atributos: presidiária.
Mas afinal, o que é que a Paris tem? Vamos olhar atentamente.

Bonita ela não é. Pelo menos para os padrões brasileiros e americanos, falta carne, tanto na frente quanto atrás. Esbanja um nariz de gancho adquirido após plásticas mal sucedidas. É loira tingida e usa lentes de contato azuis falsas. Ou melhor, ela é um espectro do que ela realmente era quando uma doce pré-adolescente moradora de Beverly Hills.

Tudo começou com um vídeo pornô caseiro com seu namorado à la Pamela & Tommy Lee. O negócio bombou tanto na Internet que hoje vocês podem ver o que Paris Hilton é. Ela não é mais uma celebridade, seu nome remete a o que é ser uma celebridade de sucesso hoje em dia: uma fábrica de escândalos (de preferência sexuais) que se veste pra chamar atenção, às vezes bem, às vezes com um gosto bem duvidoso.

Depois veio o Simple Life, com ela fazendo a Nicole Richie de MERA SOMBRA do talento da loira para aparecer. Quem caiu do cavalo? Ela. Quem fez mais escândalo pra ordenhar a vaca? Ela. I'm sorry, miss Richie, você pode ter emagrecido e anorexado e o escambau, mas a Srta. Hilton sempre estará lá para te ofuscar, no matter what.

O tempo passou, a loira fez furor no Brasil pra lançar perfume, namorou celebridades, virou musiquinha do Cansei de Ser Sexy, fez parte de boatos lésbicos envolvendo a aprendiz-de-barraqueira Britney Spears e fez até o Sr. Rei da botinha branca Rod Stewart ir na delegacia buscar a filhota Kimberly, que levou uma surra de Paris por ter se atrevido a ficar com o ex-namorado da herdeira Hilton.

Agora, por ter dirigido embriagada, pegou liberdade condicional, mas, para não se poupar de um escandalozinho, desobedeceu a regra e está no momento entediada e enrolando uma mecha loira do cabelo numa penitenciária feminina de Los Angeles. Detalhe que a garota só se apresentou ao local após ter feito uma aparição surpresa no MTV Movie Awards. Não é porque ela vai ser presa no dia seguinte que ela vai perder uma festa desse calibre, right?

A moça apareceu pela manhã na polícia, pseudocomportada, fichada e fotografada. Mal posso esperar pela mugshot, com certeza será um ícone, estampado nas camisetas mais indie de Nova York.

Porque Paris Hilton, medíocre ou não, gostem vocês ou não, tornou-se exatamente isso: um ícone. O site FreeWinona.com (criado para vender camisetinhas pró-soltura de Winona Ryder na época dos roubos) já está vendendo, claro, t-shirts com o lema "FREE PARIS", com direito a foto usando óculos máscara e tudo o mais. Se a clientela preferir, há também a opção "Free the bitch", na minha opinião muitíssimo mais condizente.

Há quem queira contestar o legado de Paris Hilton hoje em dia? Milhares de Britneys, Lindsays, Mary Kates e Ashleys, Pinks, Tara Reids e Nicole Richies, todas elas rastejando desesperadas para conseguir um pouco da glória espalhafatosa e insolente de P.W.H. Aliás, não lembrariam seus dois últimos nomes, Whitney Hilton, os de um outra musa louca por glamour e pedras de crack? E as semelhanças não param por aí: ambas são símbolos de sua geração, adoram coisas ilícitas e sim, passear de madrugada com casacos de pele e uma garrafa de uísque na mão é algo super normal.

Eu sinceramente aposto que, se Andy Warhol estivesse vivo, Paris seria sua mais nova superstar. Go, Candy Darling, go!

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